Duas observações sobre a última campanha eleitoral

Nos últimos dias, o Terra e Tempo publicou uma chea de artigos sobre a campanha eleitoral e os resultados. Este artigo tenta assinalar dous aspectos que vejo pouco tratados:

Si que entenderom a nossa proposta, é que dixerom que não.
O problema não é que as nossas propostas não chegam aos votantes por causa dos médios de comunicação. O problema e que os votantes entenderom perfeitamente a nosa proposta… e não gostarom dela.
Um tratamento mais favorável dos médios estaria bem, mas não é de esperar mentras a Galiza seja a nação colonizada, espoliada e asobalhada que o BNG di que é. Os que saem favorecidos são os mesmos que controlam os médios, e não podemos contar com um tratamento do BNG que não seja o ataque constante.

Agora, bem o BNG tivo presença nos debates a três é o resultado foi baixar, em votos. Na conferencia nacional dijo-se algo moi importante: que não ia passar o mesmo que na Estremadura —deixar governar ao PP—, nem ia passar o mesmo que na Andaluzia —entrar no governo para aplicar os recortes—. Era a mensage mais importante da campanha; mas não se destacou nos debates, nem nos mítins.

A nossa menssage real, a que perceberão os eleitores, era: outro governo bipartido. Sem uma auto-critica de que cousas repetiríamos e que não, um bipartido era impopular. Viu-se não como outro bipartido senão como o mesmo.

Se no BNG não somos quem de lhe dizer bem claro á gente o que imos fazer co seu voto; como esperamos que nos votem?

Não é a sociedade, são os nossos votantes

Cada vez que o BNG sofre um retrocesso eleitoral ouvem-se vozes a pedir mais apertura á sociedade como solução a todos os problemas. Mas os votantes que estamos a perder não são a sociedade em geral. São os nossos votantes, mesmo alguns que levavam dez anos ou mais a votar BNG.

Em calquer negocio é cousa sabida que sai mais barato manter os clientes que já tês que andar a buscar outros novos.

O BNG tinha uma massa duns três centos mil votos consolidados nos anos 90 que votavam polo BNG nas eleições galegas, nas gerais, nas municipais e mesmo nalgum caso nas europeas. Eram “os do Bloque”. Nas ultimas eleições este número quedou reduzido a pouco mais da metade.

A cousa vem de longe, os votos ao BNG levam diminuindo, eleição trás eleição, desde que acadou os seus melhores resultados no 1997. O BNG passou os últimos dez ou doze anos a buscar os votos do PP e do PSOE e a descuidar os seus votantes. Alguns esperávamos um cambio despois da Asemblea de Amio, mas na campanha ese cambio não se viu.

O resultado é que “os do Bloque” estão a deixar de votar BNG.