Autoestrada e outras falcatruadas

Autoestrada e outras falcatruadas
É cousa admitida por todos os partidos políticos e médios de comunicação deste pais que as portagens da AP–9 são já as mais caras do estado e seguem a subir. Também começa a aparecer um consenso em torno ao efeito que isto está a ter nos preços do transporte e por extensão na actividade económica de toda a fachada atlântica. Mas o problema da AP–9 não se reduz a que as taxas sejam as mais altas da Espanha, que também. Há uma coleção de falhos na seguridade e práticas questionáveis das que citaremos várias. Este artigo não tem a pretensão de ser exaustivo

O primeiro problema e que na Galiza chove, cousa que seica colhe á concessionária por surpresa cada vez que acontecer. Quem é o responsável de que a autoestrada está coberta de auga depois de dous dias de chover forte?. Cousa que tem ocorrido duas semanas atrás, com chuva forte mas nada excepcional para o nosso clima. Isso indica que não se está a limpar o asfalto drenante coa frequência necessária. Ou que simplesmente não se está a limpar. Nalgum tramo, sobre tudo nas entradas e saidas, chega a haver uma acumulação de auga no asfalto que resulta um perigo ás velocidades a que se circula.

O mesmo ocorre coas losetas nos tramos das portagens. Foram repostas alguma vez? Foram tratadas para assegurar que nao for esvaradiças coa chuva? etc

O traçado da autoestrada entre Pontevedra e Santiago de Compostela, ou na entrada a Vigo, não cumpre coas condições para uma A–120; que é o que estamos a pagar. No tramo entre a saída de Padrom e a portagem de Santiago a situação é escandalosa.O preço deveria-se reduzir para ter em conta a menor funcionalidade e maior perigo desses tramos, especialmente de noite.

As retenções produzidas por acumulação de veículos ou por falta de cabinas de portagem em funcionamento. Nestes casos há obrigação de abrir as portagens e deixar passar aos usuários sem pagar: o motivo e que não se está a prestar o serviço em condições ajeitadas. Isto está a ser incomprido sistematicamente pola concessionária sem nenhum tipo de repercussão. Não houvo multas nem outro tipo de sanções que a dissuadir de o fazer.

A quem lhe corresponde por fim a esta situação? A Xunta e o Governo Central adicam-se a passar a pelota de um a outro sem dar resposta.

Capítulo aparte mereceria o efeito de Audasa sobre a A–57, um verdadeiro caso de alergia. Fica claro que uma Autovia sem portagem entre Vilagarcia e Porrinho ia supor uma baixada dos benefícios da AP–9. Já não digamos se chegar até Compostela. A concessionária se veria obrigada a por ums preços competitivos para não perder mais tráfico.

Mas não há problema porque a tal autovia está sem fazer a pesar de estar prometida desde há vinte anos. Cada governo sucessivo apresentou um plano impressentavel para a fazer, depois buscou alguma escusa para não fazê-la. E cando já não houvo mais remédio que fazer algo deu-lhes por as circunvalações, que consumem cartos, cabream os vizinhos, acumulam retrasos etc. Mas o melhor que tem as circunvalações é que depois de rematadas não servem para case nada, isto é não vam restar nenhum benefício da autoestrada.

E assim vai a Galiza, meus amigos.