A depopulação forçada

A depopulação forçada
Vivimos num pais que está numa crise demográfica, estão a nascer menos nenos dos que se precisam para manter a população e o problema não bem de agora. Leva mais de dez anos desta maneira. Na realidade o número de nascimentos leva a ser insuficiente desde há mais de vinte anos. O que acontece nos últimos dez anos e que a chegada de imigrantes já não é suficiente para compensar a caida dos nascimentos, mesmo houvo anos em que o saldo migratório foi negativo: marchou mais gente da que véu. A resposta da Xunta de Feijoo para dar resposta a esta situação: botar a culpa ás mulheres galegas por não terem filhos abondo … e fechar escolas. Claro que isto último é uma simplificação: estão a fechar escolas, a recortar personal nas que não podem fechar, e na atenção primária, e nos hospitais etc. Mas hoje imo-nos centrar nas escolas que estão a fechar no rural.

Um par de exemplos da comarca de Pontevedra, que não é exactamente um despovoado: O CEIP Amor Ruibal em Barro, perde tres unidades. A escola de Verducido consigue fichar outro alumno e com esto espera evitar a marcha duma maestra, de duas. Baixar de 32 alumnos implica a perda de um grupo e passar de dous grupos de 16 alumnos a um de 31. Moi pedagógico todo.

Educação fechou 107 centros escolares nos últimos dez anos. E não o digo eu, foi La Voz de Galicia o 31 de Julho. A cousa vem de antes, os dez anos anteriores foram polo estilo, o logro de Feijoo foi extender o método á sanidade. O motivo oficial é a austeridade: não se pode gastar mais donde não há nenos. Por isso nao se estão a contratar nem mestres, nem professores nem médicos, nem enfermeiros etc

E todo isto feito por um governo que presume dum superavit de 130 millones de euros no ano 2018. E que leva meses a se queixar de que o governo do estado não lhe está a permitir gastar esse superavit noutras cousas. Como se chegou a ter um superavit num país onde faltam médicos, professores e todo tipo de empregados públicos?

Noutras cousas si que gastam ou não teríamos dívida pública. A política, convém de o recordar, consiste basicamente nisso; em decidir em que vão gastar o dinheiro dos nossos impostos e em que não. Fica claro que as escolas do rural estão no grupo do não. Há basicamente dous motivos:

- O primeiro: Nada de pagar soldos decentes por travalhos necessários, que logo a gente se malacostumbra,

- O segundo: A lei de depredação da Galiza facilita ás empresas de dentro fora espoliar o país coa cumplicidade da Xunta —por exemplo a mina de Touro—. E para isso, canta menos gente no rural melhor.A consequência, num país em declive demográfico, é que os lugares preferidos para criar os filhos, as zonas rurais arredor das cidades, estão a perder os serviços que precisam as crianças. E as zonas que estão a quedar valeiras no interior estão a quedar sem serviços. Mais que loitar contra o declive demográfico, a política da Xunta, parece dirigida a se assegurar de que a população que marcha do rural o faça de vez e que não se lhes ocorra voltar.

Cando tratamos esta política como se fosse uma questão de aforro, estamos a errar o tiro. O feche de escolas não é um dano colateral é o efeito buscado.

E não todo isto não é resultado de que o governo seja malo. É que na Galiza não há governo, há uma administração de fincas e os donos da finca não somos nós.